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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A culpa

A culpa é a paga daquele que existe
E o que insiste na alegria quimérica
Resta apenas viver
O doce amargor de saber...
Saber?
Intenso e inegável
A excrescência da ignomínia
Exumados os corpos em dionísicos salmos
O tema é: não tema, não teima, não tem-na
Os que existem não vivem, morrem
Simplesmente morrem quotidianamente
Sem fulgores, apenas pálidos sorrisos
E cálidas mãos que embotam o próprio existir
Por fim, o que deve aquele que existe?
Na tolice do viver insistir
Não se sabe...
Então fica...
Não pode, simplesmente
A culpa engolir
Atenstado de sua escistência
O que lhe resta?
Desistir? Coexisir?

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